MRP, MRP II e suas aplicações
Todos os anos, as tecnologias empregadas em uma operação e as estratégias de gestão e produção se desenvolvem e se tornam cada vez mais complexas, o que por sua vez exige um gerenciamento mais robusto e organizado por parte daqueles que são responsáveis por esse controle.
As demandas de mercado, o consumidor e até mesmo os padrões de grandes e pequenas companhias são fatores que demandam cada vez mais de uma produtividade eficiente e capaz.
Para suprir esses fatores, a gestão e a administração têm utilizado nos últimos anos o Planejamento das Necessidades de Materiais (do inglês Material Requirement Planning - MRP) e o Planejamento dos Recursos de Manufatura (do inglês Manufacturing Resource Planning - MRP II).
Assim como o ERP (Planejamento de Recursos Empresariais) interliga os dados e processos de uma organização em um único sistema, a parte de controle de materiais e manufatura utiliza do MRP e MRP II como um gerenciamento global de seus recursos.
Aplicações de MRP e MRP II
No MRP, temos a inteligência alinhada à gestão da matéria prima, resultando em um estoque eficiente com a sua rotação devida, otimizando armazenagem e produção de acordo com a saída de mercadoria.
Com a evolução desse pensamento, foi desenvolvido o MRP II, onde há aqueles que utilizam desse sistema em uma produção com vários materiais. Por exemplo, conseguem aproveitar e visualizar melhor a sua necessidade de produção, investindo corretamente nas áreas que necessitam, e reduzindo gastos excessivos onde não há essa necessidade.
Partindo desta melhoria, agora aqueles que utilizam do MRP II conseguem fazer análises mais refinadas do seu processo produtivo, organizar estratégias de produção futuras e entender melhor até mesmo o que o mercado espera da sua empresa.
Mas para que haja uma boa implantação do MRP, toda empresa deve executar um processo, cuja qualidade determinará a eficiência da aplicação: no primeiro momento, avalia-se o fluxo de produção, entendendo as capacidades do que a empresa pode oferecer (sem que haja um esforço excessivo ou um período longo e não planejado de ociosidade na produção), para que seja definido o Plano Mestre de Produção.
Com o processo definido, a próxima avaliação é dos materiais e quantidades necessárias que cada processo requisitará e o estoque atual, a fim de definir o investimento necessário para melhor atender cada processo com a Lista de Materiais.
Por último, antes da execução do MRP II, é feita a análise da demanda contra a capacidade de produção e a Contagem de Estoque, para que se extraia dessa avaliação a fórmula ideal de produção, individual para cada produto e empresa.
Essas informações estabelecidas serão processadas pelo MRP para que seja definido:
- Controle de Estoque – as informações atualizadas do estoque que são essenciais para a operação
- Programação da Produção – o roteiro de como a produção deve operar no dia a dia e o que produzir
Com todos os infindáveis motivos para utilizar um Planejamento dos Recursos de Manufatura – sua capacidade de lidar com gestões complexas (processos com diversos materiais e etapas), centralização e consciência dos gastos (focando os custos somente as demandas necessárias, sem extrapolar ou investir no que não há necessidade, até mesmo reduzindo os custos de operação), o estabelecimento de relações mais concretas com o fornecedor (visto que com a maior rotação e menor armazenagem desnecessária, fica estabelecida a necessidade de um fornecimento mais constante) e uma resposta mais imediata às demandas de mercado – fica a dúvida de quais são as desvantagens do MRP II.
Conforme foi dito anteriormente, a boa aplicação do MRP II se deve a sua qualidade. Assim como qualquer software, a base de dados fica à mercê de instabilidades, lentidão e, em alguns casos, se faz necessário reprogramações.
Fora estes fatores, a principal desvantagem do MRP é que ele requer bons parâmetros para que a sua execução se dê da melhor forma possível – ao se desenvolver um MRP, todos os fatores de execução supracitados devem ser bem definidos, para que não haja erros da sua execução. Pois um mau dimensionamento de espaço ou de capacidade de produção por exemplo, podem não trazer os melhores resultados de ganho ou podem acarretar sobrecarga de estoque, fugindo da sua premissa inicial de gestão.
A aplicação e desenvolvimento de um MRP e MRP II é uma ferramenta de gestão operacional para as tomadas de decisões estratégicas de uma empresa, onde é possível através dos cálculos precisos do MRP, diminuir os custos de estoque e aumentar a competitividade no mercado.
Definir um bom MRP II, com apoio de uma consultoria especializada, pode ser o ponto chave de mudanças positivas no desenvolvimento de uma empresa no mercado, alavancando seu potencial operacional e trazendo sucesso profissional para os colaboradores que dependem dela.
